EM PONTO DE BALA

Quem conhece Tijucas, conhece também as famosas balas de banana. Muitos visitantes, inclusive, afirmam que não conseguem passar pela cidade sem saborear e principalmente, sem levar algumas das deliciosas balas para casa.
O que poucos sabem, no entanto, é que toda esta tradição teve início em 1943 pelas mãos de um empreendedor nato, o empresário Abílio Pereira, juntamente com a esposa, Albertina Furtado Pereira.

A fábrica nasceu no bairro Joáia em Tijucas, mais tarde passou para Santa Luzia e foi criada a partir de equipamentos que ele mesmo inventou. “Meu pai tinha uma inteligência fora do comum e após trabalhar um tempo em Curitiba, em grandes indústrias, voltou para Tijucas cheio de ideias, disposto a montar um negócio próprio. Assim nasceu a Fábrica Santa Luzia que mais tarde, em 1965 se transformou na Primor que existe até hoje”, diz o filho, João Pereira. Contando com o irmão José Luiz, o filho Rômulo e uma equipe de colaboradores jovem e dinâmica, João dá continuidade à história da Primor e comemora o crescimento da empresa que teve que ser reposicionada após o falecimento de seu pai, Abílio.

“Na época em que meu pai faleceu enfrentamos uma grande dificuldade na empresa e corremos o risco de fechar, como foi o caso de inúmeros empreendimentos que conhecemos e que não conseguiram vencer a crise. Para isso, adotamos uma nova estratégia de mercado implantando a produção orgânica e o processamento de insumos para alimentação infantil (baby food), os quais passamos a fornecer de forma exclusiva para grandes empresas de todo o mundo. Foi isso que nos garantiu a retomada de crescimento”, diz.

Instalada em uma região com clima altamente propício para o cultivo de bananas, a Primor se tornou internacionalmente reconhecida pela produção de balas e produtos orgânicos de extrema qualidade. Segundo João, o diferencial da empresa tijuquense está no uso de matérias primas cuidadosamente selecionadas e sem acidulantes nem conservantes, ou seja, mantendo as características originais da fruta.

Atualmente a empresa tem uma produção de aproximadamente 8 mil toneladas por ano e tem como próximo desafio o lançamento de uma linha gourmet que terá como foco o oferecimento de sucos e sobremesas à base de frutas orgânicas, prontas para consumo. “Este é mais um nicho de mercado que pretendemos atingir”, diz o empresário.

Em termos de infraestrutura, a Primor também cresceu muito. Dos antigos 1mil m² da fábrica inicial, a empresa passou para pouco mais de 10 mil m².

Exportando para vários países e com venda garantida para inúmeros fornecedores no Brasil, a Primor está hoje em uma condição bastante positiva.

“Podemos dizer que estamos em uma das melhores fases de nossa empresa, com expansão de mercados e excelentes perspectivas de negócio em vários países. Estamos em ponto de bala!”, brinca.

A MARCA PRIMOR

Nesta semana João Pereira comemora também a vitória na justiça após o fim de um longo processo judicial. A multinacional de mesmo nome, pertencente ao grupo Bunge e conhecida por produzir, principalmente, óleo para cozinha (Óleo Primor) questionou a empresa de Tijucas pelo uso da marca.

Após aproximadamente 5 anos em trâmite judicial, a Primor de Tijucas acaba de vencer o processo que passou por três instâncias e finalmente teve sentença favorável nos embargos infringentes. A decisão não impede a empresa da Bunge de utilizar a marca de mesmo nome, porém, na classificação de produtos relacionada à produção de doces, a marca pertence à empresa de Tijucas.

“Recebemos a notícia com muita alegria, afinal, foi um longo período lutando pelo direito de usar a marca que nosso pai criou décadas atrás”, diz João.

(Texto: Karina Peixoto Silva - Assessoria de Imprensa ACIT/CDL)